Testagem interna da Santa Casa evitou 30 mil afastamentos durante pandemia
Publicado 17 de April de 2025

Um estudo realizado por pesquisadores da Santa Casa e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre aponta o impacto positivo da implementação de laboratórios internos para testagem de profissionais da saúde durante crises sanitárias, como a pandemia de COVID-19. O trabalho indica que o aumento na capacidade de testagem e a liberação rápida dos resultados evitam afastamentos desnecessários — mitigando desafios operacionais e econômicos.
De acordo com o protocolo hospitalar, profissionais da saúde com resultado negativo para COVID-19 (no teste qPCR) estavam autorizados a retornar ao trabalho, enquanto aqueles com teste positivo deveriam permanecer afastados por 11 dias. Os pesquisadores analisaram dados de junho de 2020 a junho de 2021, período em que 10.672 profissionais da saúde foram testados para SARS-CoV-2 na Santa Casa de Porto Alegre. Desses, 8.295 testaram negativo, com a maioria dos resultados (93,5%) liberada em até 24 horas — evitando, assim, o afastamento da linha de frente durante um momento de sobrecarga do sistema de saúde.
No comparativo com um cenário de terceirização dos testes, em que seria necessário esperar três dias pelo resultado, o hospital teria perdido 15.254 jornadas de trabalho, com custo estimado de US$ 638.865,57. No cenário de cinco dias, as perdas subiriam para 30.508 jornadas, com aumento de custo para US$ 1.150.082,77.
“Com a implementação de testes moleculares internos, instituições de saúde podem otimizar o manejo de pacientes, reforçar a proteção da força de trabalho e melhorar a eficiência operacional como um todo”, explica Alessandro Pasqualotto, chefe do Serviço de Infectologia da Santa Casa.
A pandemia de COVID-19 impôs desafios sem precedentes à gestão hospitalar. Mais de 300 mil trabalhadores da saúde foram infectados em 79 países, com mais de 7 mil mortes relatadas — além de muitos enfrentando exaustão, sobrecarga e sofrimento psicológico.
Pâmela Coutinho, analista clínica do Laboratório de Biologia Molecular; Édison Manchesski; Pedro Batista, Vinicius Palma e João Fortti, acadêmicos de Medicina da UFCSPA; Gabriela Monteiro Faleiro, coordenadora de Serviços de Gestão de Pessoas; Lidiane da Silva Almeida, supervisora de Administração de Pessoas; Marluci Reche, gerente de Gestão de Pessoas; e Alessandro Pasqualotto, supervisor médico do Laboratório de Biologia Molecular e chefe do Serviço de Infectologia.
Texto: Max Correa
Imagem: Silvio Ávila / direitos reservados
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